Page 74 - revista Música na Educação Básica
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V. 4 N. 4 novembro de 2012
Matéria do Portal Terra
A tecnologia também teve papel decisivo na construção e na divulgação do gênero
(Cardoso Filho, 2010). Sua estética foi favorecida pela tecnologia de gravação (Gracyk,
1996, p. 1) e por um envolvimento criativo dos músicos com amplifcadores, microfones,
máquinas de efeitos especiais e sintetizadores (Wicke, 1990, p. 22). Tudo era disponibili-
zado em diversas mídias: jukeboxes, rádio, LPs, singles, cinema e televisão.
Traçar uma breve história do rock é tarefa ingrata até mesmo para os especialistas .
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Desde que Chuck Berry cantou Roll over Beethoven, que Elvis Presley surgiu com sua
dança provocativa e que Bill Halley and the Comets dançaram around the clock (1954),
juntando um ritmo dançante ao som das guitarras elétricas, a música nunca mais foi a
mesma.
O gênero foi se construindo no decorrer da década de 1950, a partir do rock n roll
e do rockabilly, os quais têm raízes no blues, no country e no rhythm and blues (Tinti,
2003). Nos anos 1960, o mundo conheceu o maior fenômeno de todos os tempos, The
Beatles, que venderam mais de dois bilhões de LPs, EPs, K-7, singles, CDs e DVDs (Aurélio,
2009, p. 85). O rock tornou-se progressivo, com músicas muito longas (ex.: Yes, Genesis,
Pink Floyd), psicodélico, com efeitos e distorção (Jimmi Hendrix), entre outros. Nos idos
de 1970, vieram as bandas de hard rock (Led Zeppelin, Deep Purple), glam (Queen). Entre
os representantes brasileiros dessa geração, incluem-se bandas como Mutantes, Secos
e Molhados e O Terço. Nos anos 1980, apareceram diversas correntes, como new wave
(The Police, Talking Heads) e hair metal (Gunsn Roses, Kiss), para citar apenas alguns
* 1. Para um resumo da história do rock e uma defnição dos subgêneros, ver Tinti (2003), disponível em http://whiplash.net/materias/
biografas/000398.html.
Rifs forever: o rock na sala de aula 73
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