Page 46 - revista Música na Educação Básica
P. 46




V. 4 N. 4 novembro de 2012



Atividades de interpretação, improvisação

e composição



Durante o ano letivo, os alunos são envolvidos em diversos projetos planejados
na escola. Nesses momentos, eles desejam contribuir para o desenvolvimento das ações
propostas e realizam brincadeiras que modifcam parte do resultado sonoro. Por exem-
plo: melodias como samba lelê podem ser tocadas com variação de andamento ou
mesmo modifcando a escala (tocar em modo menor), colocando vibrato e mudando a
articulação.
Atividades que envolvem outros instrumentos (xilofone e pandeiro, por exemplo)
abrem possibilidades de criação de arranjos. Também são apreciadas as vivências de
composição e/ou improvisação nas formas binária, ternária e rondó. Nesses momentos,
os alunos testam suas habilidades e despertam sua criatividade, principalmente quando
essas atividades são gravadas ou flmadas para que seja realizada uma autoavaliação do
trabalho desenvolvido. Esse aspecto vem de encontro a um importante trabalho reali-
zado por Beineke (1997), que apresenta uma visão crítica de muitos métodos de fauta
doce, analisando-os da ótica de Swanwick:


nossos alunos não aprendem todos da mesma forma, não têm
a mesma relação com a música, estabelecem signifcações dife-
rentes para o processo de aprendizagem, fazem suas próprias
escolhas. Da mesma maneira, nós, professores, a cada aula encon-
tramos soluções diferentes para a ação pedagógica. Através do
estudo, da pesquisa, da refexão sobre a nossa prática e sobre o
nosso próprio fazer musical, poderemos construir alternativas me-
todológicas mais efcazes, mais coerentes e aprender mais música
(Beineke, 1997, p. 86).







Tocando em grupo










Tocando em dueto








Flauta doce como instrumento artístico: uma experiência em sala de aula 45


Musica 4.indd 45 26/10/2012 08:42:16
   41   42   43   44   45   46   47   48   49   50   51